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Rípio

O rípio é a palavra que, no verso, entra só para lhe completar a medida... sentido figurado, claro! Na real é a pedra do chão. O asfalto mais que natural. Cascalho. Pedra miúda quem enche os vãos deixados pelas maiores. Bora então atrás do rípio da estrada de lá para, quem sabe, ocupar os espaços que a vida daqui não consegue preencher...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Dia 5 - Tudo em um só dia

O dia começou cinza. No clima e no anúncio de um dia bem difícil. 
Saímos cedo de Resistência debaixo de chuva e assim foi por boa parte da rota 12. 
Não chuvinha. Pé d'água de respeito. 

Velocidade comprometida... Muito caminhões na pista de de mão única. Trajeto difícil. 
Logos na primeira parada para reabastecer as motos, cerca de 150 km pra frente, meu alforje direito resolve abrir, provavelmente em algum buraco da pista... 

Fomos dar conta do fato, 70 km depois. Prejuízo: duas câmaras de pneu reserva, o forro de frio da minha calça de viagem, um rolo de corda e um pé da minha bota de trekking. 
Mesmo voltando até o posto, nada. Perda de viagem e nada para reclamar. Vamos tocando.

Esperando os dois que voltaram para procurar as coisas do maleiro. Não havia porque mais uma moto esvaziar o tanque na tarefa. 


Ao longo de toda rota, muitos desses altares à beira da pista... com imagens e inscrições 

Nessa de voltar pra procurar as coisas, os primeiros tombos: Queixo resolve entrar no acostamento como vaca brava e... Dois tombos em sequência. Queixão ileso fisicamente. Já o moral...
 E aí!? Quer levantar uma GS 1200 no muque? 

Nem tanto pelos dois tombos, mas a chuva que pegamos deixou a BMW do Queixo da cor verdadeira de uma grande viagem

Somando a chuva que não parava e o tempo perdido atrás das coisas perdidas conseguimos chegar a Pampa de los Guanacos, um pequeno vilarejo perdido no meio da Rota 12, cerca de 350 km até Salta. 

A questão aí não foi o tempo perdido, mas a moto do Água novamente. Algo no miolo da chave fazia a moto apagar do nada. 
Nada a fazer senão rebocar a moto. Missão para a BMW tanque de guerra. 


Corda e muita paciência para rebocar a DR por 27 km a 20 por hora!

Moto desmontada no posto até escurecer e nada. A está altura já havíamos localizado um hotelzinho tranquilo no meio das ruas enlameadas da cidadela. 

Restava arrastar a moto desfalecida. E nessa, terceiro tombo do mestre da lama!!! Esse foi dos bons... Com direito a ver a GS girando no chão. Novamente Queixão sem lesões... Engraçadíssimo se odiando... 

Aí começou mais um daqueles momentos em que a gente se pergunta se tudo é mesmo por acaso. Precisando entender a combinação maluca de fios da ignição da Drica... O Zé manda uma mensagem para o fórum de DR 800 na internet. Antes do jantar já tinha em mãos um mapa de todo o sistema elétrico da moto. Em alemão. Aí foi só pedir ajuda ao meu amigo Michel Rochat.... E bingoooo. Renascida. Moral lá em cima. 


O par de fios que deu nova vida à Drica... E renovou nosso animo pro dia seguinte!

Felizes... Comendo 'Polo con papas fritas'... Fomos dormir com a certeza de chegar em Salta enfim... Sem contratempos....
Só que não. 

Um comentário:

  1. Essa é uma viagem com muitas aventuras , que vcs jamais esquecerão. ... bjs

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